quarta-feira, 6 de abril de 2011

ERA UMA VEZ.



É tão complicado querer escrever uma historia e não saber por onde começar, então como dizem por ai que tal começarmos pelo começo! Eu sempre busquei tentar enxergar o mundo de formas diferentes, enxergarem certas coisas que nos olhos dos outros não poderiam nunca existir.
Enfim hoje estou aqui para contar a descoberta de uma garota que esteve disposta a lutar por um amor, onde no qual a sociedade julgava este amor proibido. Esta historia não contem fatos de amor como Romeu e Julieta, que terminaram mortos por amarem um ao outro de uma forma prazerosa e nunca poderem estar juntos, pelo fato da família da moça achar que ele nunca seria bom o bastante para ela ou ate mesmo algo parecido. Mas sim uma linda e fantástica historia de um amor proibido, de um amor de duas garotas, onde na qual uma dela abandona seus desejos e planos mais secretos para viver este amor, para seguir seu coração e ir em busca de teu tão sonhado ‘Felizes para sempre’. Que tal começarmos a historia agora?

Era uma vez uma menina chamada Sofia. Um momento, ‘Era uma vez’ é a forma de contar historias a crianças, e esta historia é mais voltada a adolescentes e adultos. Mais que seja vamos voltar ao inicio.
Era uma vez uma menina chamada Sofia.
Como toda menina sonhadora, ela tinha nascido linda e pura, tinha um sonho de um dia se casar, ter filhos e claro como toda jovem queria encontrar seu príncipe encantado, o homem que um dia chamaria de amor de sua vida. Morava em uma casa no interior de São Paulo, com sua mãe, na pequena cidade onde vivia, havia poucos lugares para se conhecer. Sonhava que em uma tarde qualquer, apareceria um príncipe encantado que conquistaria seu coração e a levaria embora daquela pequena cidade do interior, ele não precisava chegar em um cavalo branco, somente leva-la embora daquele lugar seria bom o bastante.
Acabo de tomar uma decisão vou contar esta historia de uma maneira que pareça estar acontecendo com você ok!
Enquanto meu príncipe não aparecia, me apaixonei pela primeira vez aos meus doze anos, enquanto estava passando férias escolares na casa de uma de minhas irmãs. O nome da minha paixão era Maria, tinha cabelo castanho claro, olhos claros, era quase da minha altura, era uma linda garota que quando olhava para mim parecia flutuar. Sim uma garota. Que ainda por cima era sobrinha do marido de minha irmã, não tínhamos nenhum grau de parentesco, mais éramos muito grudadas como unha e carne. Confesso que no começo de tudo eu não queria acreditar que poderia sentir desejos por uma mulher, achei que fosse coisa de criança, alias eu tinha meus sonhos, meu desejo de me casar e ter filhos, de um dia encontrar meu príncipe encantado e não uma garota encantada.
Mas então me vêem o inesperado.
Em uma tarde de sexta-feira Maria veio em minha direção, como quem não quer nada, fiquei tão tremula que não tive reação nenhuma sobre nada, minhas mãos suavam frios assim como meu corpo todo, minhas pernas pareciam que não sustentaria meu corpo, ate que ela me olhou de uma maneira calma, tão calma quanto aquela tarde.
- O que você tem Sofia, esta tudo bem?
Eu claro não respondi nada, fiquei quieta como uma estatua e tratei de disfarçar meus olhares a ela, naquele instante não passava nada sobre minha cabeça alem de me imaginar beijando sua boca tão pequena, tocar aquele corpo que é tão leve. Mas meu consciente dizia: ‘Dois dias ela vai embora, e tudo isso acaba’. Mais uma noite se passou, e mais um dia chegou mais rápido do que eu poderia imaginar mal me deitei para dormir já tinha que me levantar, e lá estava Maria penteando seu comprido cabelo na varanda, com olhos pequeninos de tanto dormir, e eu estava lá ao lado dela como sempre, neste dia me senti com um desejo louco de ficar ao seu lado a todo instante do meu dia alias em vinte e quatro horas ela iria embora e eu só a veria de novo daqui seis meses, conversamos sobre tudo, escola, garotos, amigas e vontades.
Quando menos espero vem sua mãe Dulce e me faz um convite inesperado.
- Quer passar o resto das férias em casa?
Era época de férias escolar como eu já havia dito e claro eu queria ficar o máximo de tempo possível ao lado da minha paixão de verão. Aceitei sem pensar duas vezes, mais eu ainda precisava da autorização da minha mãe e claro sabia que não seria nada fácil.

(Continua).

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